
SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
30 de abril de 2009
O estado da Bahia foi homenageado pela relevante contribuição à vigilância, prevenção e controle da Doença de Chagas, durante evento realizado na última sexta-feira (24), em Belém (Pará), em comemoração ao Centenário da Descoberta da Doença de Chagas (1909-2009). A homenagem foi prestada à Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) pelo Ministério da Saúde, através da Secretaria de Vigilância em Saúde, tendo a instituição sido representada pelo gerente estadual do Programa de Chagas na Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep), Jorge Mendonça, e pelo técnico do Laboratório Centra do Estado (Lacen), Giovani Spavier. Também foram homenageados os pesquisadores da Fiocruz/Ba, Zílton Andrade e Sônia Andrade.
Desde o dia 22, representantes das gerências nacionais e estaduais do Programa de Chagas e dos laboratórios centrais, responsáveis pelo diagnóstico da doença no país, participaram, em Belém, da Reunião Nacional do Programa de Chagas e do Seminário Internacional da Transmissão da Doença de Chagas, evento que contou com a participação de profissionais e pesquisadores das Américas (Sul e Central), responsáveis pela apresentação de trabalhos científicos voltados para o controle da doença em seus respectivos países.
Monitoramento da Doença de Chagas na Bahia
De acordo com Jorge Mendonça, a Bahia não tem registro de novos casos da doença de Chagas desde 2006. A gerência do Programa de Chagas, juntamente com os técnicos da Divep, elaborou o planejamento operacional para que os municípios, responsáveis pelo monitoramento, realizem as ações de vigilância. Esse planejamento foi encaminhado pelo secretário de Saúde, Jorge Solla para os prefeitos, a fim de que possam prosseguir com o trabalho, específico para cada região.
As ações de vigilância entomológica promovidas pelos municípios para a doença de Chagas são definidas como ativas e passivas. As ativas são realizadas pelos agentes de saúde que vão de casa em casa para capturar o barbeiro (transmissor da doença) e ainda realizam pesquisas. As ações passivas são executadas através do PIT - Posto de Informação de Triatomíneos. Nelas, o morador participa ativamente, uma vez que ele captura o barbeiro, caso apareça na sua casa, e encaminha para o PIT.
Jorge Mendonça explicou que, dos 417 municípios baianos, 97 são classificados como de alto risco de transmissão para a doença. "A maioria desses municípios estão localizados na região Oeste", confirmou o gerente do programa, acrescentando que 219 municípios são de médio risco, e 101 de baixo risco. Para cada grupo existem ações específicas. Nos municípios chamados de alto risco, anualmente são realizadas ações ativas e passivas; nos de médio risco também são promovidas ações ativas e passivas, só que a cada dois anos. Já naqueles considerados de baixo risco são promovidas ações passivas, através do PIT.
Doença de Chagas
A doença de Chagas é assim denominada em função do seu descobridor, Justiniano Ribeiro das Chagas, pesquisador brasileiro que em 1909 realizava uma campanha contra a malária, doença que atingia operários que trabalhavam na construção da Estrada de Ferro Central do Brasil, na região Norte de Minas Gerais. Carlos Chagas descreveu o agente etiológico, o transmissor e o modo de transmissão da doença.
É uma doença transmissível, causada por um parasito do gênero Trypanosoma cruzi e transmitida, principalmente, através do "barbeiro". É conhecido também por: chupança, chupão, fincão, bicudo, procotó, entre outros apelidos. Estes triatomas, ou barbeiros, alimentam-se de sangue e contaminam-se com o parasita quando sugam sangue de animais mamíferos infectados, que são os reservatórios naturais (bovinos, por exemplo) ou mesmo outros humanos contaminados.
A doença possui uma fase aguda e outra crônica. No local da picada pelo "vetor" (agente que transmita a doença, no caso, o barbeiro), a área torna-se vermelha e endurecida, constituindo o chamado chagoma, nome dado à lesão causada pela entrada do Trypanosoma. Quando esta lesão ocorre próxima aos olhos, leva o nome de sinal de Romaña.
Após um período de incubação (período sem sintomas) variável, mas de não menos que uma semana, ocorre febre, ínguas por todo o corpo, inchaço do fígado e do baço e um vermelhidão no corpo semelhante a uma alergia e que dura pouco tempo. Nesta fase, nos casos mais graves, pode ocorrer inflamação do coração com alterações do eletrocardiograma e número de batimentos por minuto aumentado.
L.S./M.Tb.909-Ba
/chagas/centenário
http://www.saude.ba.gov.br/noticias/noticia.asp?NOTICIA=6072
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
30 de abril de 2009
O estado da Bahia foi homenageado pela relevante contribuição à vigilância, prevenção e controle da Doença de Chagas, durante evento realizado na última sexta-feira (24), em Belém (Pará), em comemoração ao Centenário da Descoberta da Doença de Chagas (1909-2009). A homenagem foi prestada à Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) pelo Ministério da Saúde, através da Secretaria de Vigilância em Saúde, tendo a instituição sido representada pelo gerente estadual do Programa de Chagas na Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep), Jorge Mendonça, e pelo técnico do Laboratório Centra do Estado (Lacen), Giovani Spavier. Também foram homenageados os pesquisadores da Fiocruz/Ba, Zílton Andrade e Sônia Andrade.
Desde o dia 22, representantes das gerências nacionais e estaduais do Programa de Chagas e dos laboratórios centrais, responsáveis pelo diagnóstico da doença no país, participaram, em Belém, da Reunião Nacional do Programa de Chagas e do Seminário Internacional da Transmissão da Doença de Chagas, evento que contou com a participação de profissionais e pesquisadores das Américas (Sul e Central), responsáveis pela apresentação de trabalhos científicos voltados para o controle da doença em seus respectivos países.
Monitoramento da Doença de Chagas na Bahia
De acordo com Jorge Mendonça, a Bahia não tem registro de novos casos da doença de Chagas desde 2006. A gerência do Programa de Chagas, juntamente com os técnicos da Divep, elaborou o planejamento operacional para que os municípios, responsáveis pelo monitoramento, realizem as ações de vigilância. Esse planejamento foi encaminhado pelo secretário de Saúde, Jorge Solla para os prefeitos, a fim de que possam prosseguir com o trabalho, específico para cada região.
As ações de vigilância entomológica promovidas pelos municípios para a doença de Chagas são definidas como ativas e passivas. As ativas são realizadas pelos agentes de saúde que vão de casa em casa para capturar o barbeiro (transmissor da doença) e ainda realizam pesquisas. As ações passivas são executadas através do PIT - Posto de Informação de Triatomíneos. Nelas, o morador participa ativamente, uma vez que ele captura o barbeiro, caso apareça na sua casa, e encaminha para o PIT.
Jorge Mendonça explicou que, dos 417 municípios baianos, 97 são classificados como de alto risco de transmissão para a doença. "A maioria desses municípios estão localizados na região Oeste", confirmou o gerente do programa, acrescentando que 219 municípios são de médio risco, e 101 de baixo risco. Para cada grupo existem ações específicas. Nos municípios chamados de alto risco, anualmente são realizadas ações ativas e passivas; nos de médio risco também são promovidas ações ativas e passivas, só que a cada dois anos. Já naqueles considerados de baixo risco são promovidas ações passivas, através do PIT.
Doença de Chagas
A doença de Chagas é assim denominada em função do seu descobridor, Justiniano Ribeiro das Chagas, pesquisador brasileiro que em 1909 realizava uma campanha contra a malária, doença que atingia operários que trabalhavam na construção da Estrada de Ferro Central do Brasil, na região Norte de Minas Gerais. Carlos Chagas descreveu o agente etiológico, o transmissor e o modo de transmissão da doença.
É uma doença transmissível, causada por um parasito do gênero Trypanosoma cruzi e transmitida, principalmente, através do "barbeiro". É conhecido também por: chupança, chupão, fincão, bicudo, procotó, entre outros apelidos. Estes triatomas, ou barbeiros, alimentam-se de sangue e contaminam-se com o parasita quando sugam sangue de animais mamíferos infectados, que são os reservatórios naturais (bovinos, por exemplo) ou mesmo outros humanos contaminados.
A doença possui uma fase aguda e outra crônica. No local da picada pelo "vetor" (agente que transmita a doença, no caso, o barbeiro), a área torna-se vermelha e endurecida, constituindo o chamado chagoma, nome dado à lesão causada pela entrada do Trypanosoma. Quando esta lesão ocorre próxima aos olhos, leva o nome de sinal de Romaña.
Após um período de incubação (período sem sintomas) variável, mas de não menos que uma semana, ocorre febre, ínguas por todo o corpo, inchaço do fígado e do baço e um vermelhidão no corpo semelhante a uma alergia e que dura pouco tempo. Nesta fase, nos casos mais graves, pode ocorrer inflamação do coração com alterações do eletrocardiograma e número de batimentos por minuto aumentado.
L.S./M.Tb.909-Ba
/chagas/centenário
http://www.saude.ba.gov.br/noticias/noticia.asp?NOTICIA=6072
Nenhum comentário:
Postar um comentário